Coretos, córregos, pinturas e pedrarias portuguesas dos quase três mil metros da Praça Batista Campos foram devolvidos à população totalmente revitalizados na noite deste sábado, 29.

A festa de reinauguração teve revoada de pássaros juninos, banda da Guarda Municipal e vistoria do prefeito Edmilson Rodrigues a todas as instalações do local.

A revitalização do espaço era um sonho para os vendedores de água de coco, permissionários tradicionais da praça. Denice Moreira, 48, que já trabalha no local há 12 anos, fala da alegria que é ver o espaço revitalizado.

“É muito emocionante ver a praça reformada porque a gente já não tinha esperança e a gente viu que melhorou bastante, não só para mim, mas para os outros barraqueiros. A praça estava um pouco triste, agora está mais cheia de alegria, as pessoas que tinham parado de caminhar, agora voltaram. A praça estava escura, agora está bem alegre”, comemora a vendedora.

O espaço, que foi um dos principais equipamentos urbanizados da Belém do século XIX e que se mantém quase totalmente original, só tinha passado por outra grande reforma há quase 20 anos. O secretário municipal de Urbanismo, Lélio Costa, aponta que uma das ações do projeto de revitalização da praça foi a iluminação em cascata, completamente em LED.

“Na nova praça Batista Campos foram investidos mais de R$ 5 milhões de reais. Em seis meses, foram reformados os lagos, coretos. Além do sistema de iluminação em cascata, um projeto que prevê postes nos altos, quase na altura das árvores e outros mais baixos para que todos os espaços possam ser iluminados de forma adequada. Além disso, foram também implantadas as câmeras de videomonitoramento 24h, além das reformas da guarita da Guarda Municipal”, lista o secretário.

Nesta reforma foram acrescentadas ainda uma academia ao ar livre e a reforma dos brinquedos para as crianças. O enfermeiro Marcos Miranda,  38, é pai de um menino de 8 anos, e sempre vem à praça aproveitar o espaço de lazer.

“Eu moro há duas quadras daqui e a praça é sempre o local mais próximo que podemos trazer meu filho e aproveitar o espaço ao ar livre. Acompanhamos a deterioração da praça, dos brinquedos, a falta de cuidado, o vandalismo. Agora, ver o espaço bonito, reformado, iluminado realmente deixa a gente muito mais feliz e seguros de frequentar. Esperamos que a população corresponda, né? Que cuide e preserve a beleza também”, diz o morador.

Histórico

Herdado pela Câmara Municipal de Belém, de Maria Manoela de Figueira e Salvaterra, o terreno de mais de três mil metros quadrados foi urbanizado com inspiração em praças europeias e servia como espaço de lazer e contemplação para a elite da capital. Antes de fazer homenagem a um dos grandes personagens da Revolução da Cabanagem a praça teve ainda o nome de Praça Sergipe.

Durante o governo do intendente Antônio Lemos, 1897, a praça ganhou o nome do Cônego Batista Campos, morto em dezembro de 1834. O Cônego foi um dos mentores da revolução, morrendo pouco antes do estouro da Cabanagem, em janeiro de 1935. Na época o terreno era um largo singelo com algumas mangueiras e um canteiro central. Três anos depois, quando foi inaugurada em 14 de fevereiro de 1904, já era uma das praças mais belas de Belém.

“Essa é uma das mais belas praças, secular, ganhou esse nome em 1897, pelo intendente Antônio Lemos. Além da beleza da praça e da reforma de um equipamento público, também nos preocupamos com a segurança, temos câmeras de monitoramento, posto da guarda municipal e rondas durante 24 horas. Esses equipamentos públicos gratuitos são importantes para a população. Ter lugares de lazer para as crianças e jovens gastare

Fonte: Roma News
Foto: Dinei Souza