O caminho para o Clube do Remo dentro da Série C continua complicado e difícil. O próximo desafio será contra o Ypiranga-RS, ambos com campanhas bem melhores do que a azulina na competição. Para esses dois confrontos, o Leão Azul tem uma missão imediata que é melhorar o rendimento físico da equipe.

Na vitória sobre a Bolívia Querida, o Leão Azul teve 15 minutos de futebol exuberante, mas no restante da partida o time paraense não conseguiu manter um desempenho físico sequer para se impor ao maranhense. Não fosse a superação remista, a falta de pontaria tricolor e a noite de gala do goleiro Marcelo Rangel, que fez pelo menos cinco defesas, o placar poderia ser outro. Por isso, os dias que virão serão de muito trabalho por parte do preparador físico Luiz Gonzalo, que deve alternar o trabalho de campo e de academia com o descanso necessário para chegar bem ao jogo do próximo domingo.

Após o jogo, o técnico Rodrigo Santana comentou sobre as dificuldades encontradas no estádio Castelão no aspecto físico. “Quem teve a oportunidade de pisar no gramado viu o quanto estava encharcado, o quanto estava difícil de correr, estava pesado. Acredito que a equipe conseguiu suportar bem a pressão”, disse. “Acredito que o grupo mereceu, eles se entregaram muito, se doaram, foram nos seus limites e esses três pontos são muito importantes para nos dar confiança”, completou o treinador.

O trabalho vai ser visando que o time consiga manter um bom nível ao longo dos 90 minutos. “Geralmente é muito difícil, porque com jogo todo final de semana, você não consegue fazer um trabalho específico de físico, tanto de força, de potência, porque enche as pernas, tem jogo final de semana, precisa entregar o melhor e não podemos perder jogador por lesão. Vamos analisar o GPS, os números dos atletas, as métricas, tentar recuperar da melhor forma, tentar encontrar uma maneira de eles irem evoluindo dentro da semana”, explicou Santana.

O comandante azulino destacou que a mudança de fora de jogo do Remo, que passou a atuar num 3-5-2 tradicional, povoando o meio de campo e deixando o time mais criativo. Mas, isso pode ter causado um desgaste maior na adaptação. “É evidente que a gente mudou de sistema, às vezes os jogadores ainda estão se adaptando, mas eu acho que eles responderam muito bem. Foi um jogo de muita superação, principalmente no segundo tempo. Bati muito na tecla deles nos 15 primeiros minutos de jogo, o nível de atenção tem que estar muito alto. Eu acho que não só preparação física, eu acho que o cenário do jogo desenhou essa exigência”.

Fonte: DOL
Foto: Cristino Martins