Foram as correntezas do rio de Contas, no sul da Bahia, que serviram de base para as remadas de Isaquias Queiroz na sua natal Ubaitaba. Treinadores como Jesús Morlán (falecido em 2018) e Lauro Pinda acrescentaram um trabalho de precisão e formaram um dos maiores medalhistas Olímpicos do Brasil, na canoagem velocidade.
Em Jogos, Isaquias conquistou uma de ouro (C1 1000m em Tóquio 2020), duas de prata (C1 1000m e C2 1000m na Rio 2016) e uma de bronze (C1 200m). Em Mundiais foram 14 medalhas. Palmarés que o coloca entre os melhores do esporte brasileiro.
Depois de uma temporada 2022 intensa, com duas medalhas no Mundial de Halifax (Canadá), a de 2023 foi pouco movimentada, mas o suficiente para assegurar para o Brasil vaga no C1 1000m. No fim do ano, foi ao pódio nos Jogos Pan-Americanos, ao faturar uma de prata.
Diante das diferenças dos calendários e resultados de 2022 e 2023, o que afinal havia acontecido com Isaquias?
Distante dos holofotes, 2023 foi uma temporada e ano em que o canoísta procurou ficar mais perto da família e concentrou-se em uma nova abordagem para a sua canoagem.
Falou pouco, fez muito.
Mais magro, voltou às competições internacionais no início de maio para a etapa húngara da Copa do Mundo de Canoagem Velocidade. Não deu chance aos rivais e “voou” para faturar dois ouros em lugar onde nunca havia antes vencido.
Imprevisível. Este é Isaquias Queiroz, que se prepara para fazer bonito em Paris 2024. Quem sabe entrará para uma seleta galeria de campeões e medalhistas Olímpicos do Brasil, entre aqueles que mais pódios têm em Jogos.
Fonte: UOL
Foto: Phil Walter/Getty Images
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