A primeira viagem nacional da presidente eleita do México, Claudia Sheinbaum, foi marcada na sexta-feira (14) pela colisão de um dos carros de sua delegação que causou a morte de uma mulher que viajava em outro veículo, informou seu gabinete.

O acidente ocorreu no estado mineiro de Coahuila (norte), onde a primeira mulher eleita presidente do México encontrou o presidente de esquerda em final de mandato e seu padrinho político, Andrés Manuel López Obrador.

Sheinbaum, que tomará posse no dia 1º de outubro, chegou poucos minutos depois do combinado ao encontro com o presidente porque “parou para se informar sobre o estado das pessoas” envolvidas no acidente “que já estavam sendo atendidas pelas equipes de emergência municipais e estaduais “, explicou sua assessoria de imprensa.

“Lamentamos profundamente que uma pessoa tenha morrido no outro veículo”, continua o comunicado, acrescentando que o acidente ocorreu no município de Monclova.

O presidente eleita disse mais tarde aos jornalistas que os membros de sua comitiva que se envolveram no acidente foram internados “no hospital”, mas estavam “bem”.

O carro da equipe de Sheinbaum circulava com “excesso de velocidade”, disse aos jornalistas o presidente da Câmara de Monclova, Mario Alberto Dávila, do opositor Partido Ação Nacional (PAN, de direita).

O trem viajou de Monterrey para San Juan Sabinas, no estado vizinho de Coahuila, para um encontro, ao lado de López Obrador, com familiares de 65 mineiros que morreram em 2006 no desabamento da mina Pasta de Conchos.

 

Encontro com familiares

Alguns restos mortais dessa tragédia foram encontrados após 18 anos em uma profundidade de 146 metros, informou na quarta-feira o governo, que lançou uma complexa operação de resgate em 2020, já que apenas dois corpos foram recuperados quando o desastre aconteceu.

“Desde então, vocês lideraram uma luta para recuperar seus queridos e por justiça”, disse Sheinbaum no evento com os enlutados, aos quais disse sentir “emoções muito fortes”.

O futuro presidente “continuará a transformação do nosso país”, declarou López Obrador, que levou a esquerda ao poder no México em 2018.

“Iniciamos os programas de assistência social”, acrescentou o presidente, lembrando que agora os idosos têm direito a receber 100 pesos (5,42 dólares ou 29 reais) por dia.

“Já não é um programa, é um direito constitucional de todos os idosos”, destacou o presidente.

 

Fonte: AFP
Foto: Rodrigo Oropeza/AFP