Com o feriado Corpus Christi se aproximando, quem estiver em busca de uma atividade ao ar livre para fazer no Espírito Santo e conhecer novos lugares, pode se inspirar no guia preparado pelo g1, que relaciona as pedras e montanhas mais famosas do estado e seus apelidos curiosos.

Entre os principais nomes procurados, de acordo com a Secretaria de Estado do Turismo (Setur), estão a Pedra da Cebola e o Morro do Moreno, ambas de fácil acesso, na Grande Vitória. Já o Pico dos Cinco Pontões, em Laranja da Terra, e a Pedra das Caveiras, em Atílio Vivácqua, no Sul do Estado, já são destinos para trilheiros um pouco mais preparados.

Passeio na Pedra de Três Pontões, em Afonso Cláudio, coloca turista em contato com a natureza. Espírito Santo — Foto: Redes sociais/Agência Blue Trip

Passeio na Pedra de Três Pontões, em Afonso Cláudio, coloca turista em contato com a natureza. Espírito Santo

De acordo com o diretor do Sindicato Patronal Hoteleiro do Espírito Santo (Sindihoteis), Paulo Maia, o movimento por esse tipo de turismo aumentou significativamente após a pandemia da Covid-19, o que tem ajudado a desenvolver regiões do estado que não eram tão visitadas.

“A pandemia trouxe a sensação de enclausuramento, as pessoas se sentiram presas e depois passaram a querer andar mais, estar em contato com a natureza e aproveitando mais a oportunidade de sair dos grandes centros. Houve aumento de procura de pelo menos 50% em algumas regiões do estado, como no município de Santa Teresa [na Região Serrana], sem contar a criação de novos negócios que surgem com o aumento da movimentação, como cafeterias, cervejarias, novos meios de hospedagens…”, disse.

Para o diretor do Sindihoteis, o aumento de turistas em lugares que não eram tão frequentados gera renda, emprego e desenvolvimento. Esse tipo de turismo no Espírito Santo é composto 90% pelos turistas regionais, ou seja, capixabas, e 10% de turistas de outros estados, especialmente Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro.

O produtor rural e guia local, Itamar Tesch, mora na região da Pedra de Três Pontões, em Afonso Cláudio. Praticamente 70% da formação rochosa está na sua propriedade.

Passeio feito na trilha da Pedra de Três Pontões. — Foto: Redes sociais/Cantinho dos Três Pontões

                     Passeio feito na trilha da Pedra de Três Pontões.

Ele confirma que a procura aumentou muito nos últimos anos e foi pioneiro a pensar o agroturismo e apostar também na beleza natural da localidade. Itamar se capacitou para ser guia local e leva os turistas até o alto dos Três Pontões.

“Hoje, a gente faz passeios guiados na propriedade, até o ponto mais próximo dos Três Pontões. Existem diferentes valores de pacotes, individuais, para grupos, que incluem almoço… Começamos fazendo isso naturalmente, mas depois os próprios visitantes incentivaram a investir nisso. Esse ano, a agenda está praticamente lotada até setembro”, contou.

O produtor rural montou uma pousada com pensão completa para receber os turistas em sua propriedade e também oferece aos visitantes produtos feitos por ele, derivados de leite, como queijo e manteiga, além de geleias (dependendo da época da fruta).

Para Itamar, atualmente, com celular, internet, postagens em tempo real, a divulgação do passeio é praticamente imediata.

“O lugar é muito bonito, as pessoas estão vindo e descobrindo e a divulgação é praticamente imediata, a pessoa ainda tá fazendo a trilha e já postou, marca a gente nas publicações, tudo isso ajuda a divulgar o local”, disse.

 

Conheça algumas das pedras mais famosas do Espírito Santo:

 

Pedra o Frade e a Freira

 

O Frade e a Freira , situada na divisa do município de Itapemirim com Vargem Alta, próximo à BR-101. Espírito Santo — Foto: Cacá Lima

O Frade e a Freira , situada na divisa do município de Itapemirim com Vargem Alta, próximo à BR-101. Espírito Santo

O Frade e a Freira é uma formação granítica natural, com 683 metros de altitude, situada na divisa do município de Itapemirim com Vargem Alta, próximo à BR-101. São duas rochas que formam as figuras de um frade e uma freira simbolizando o amor eclesiástico dos jesuítas que contribuíram para a formação da história do solo espírito-santense.

Pedra Azul (ou Pedra do Lagarto) e Pedra das Flores

 

Pedra Azul, em Domingos Martins. Espírito Santo — Foto: Divulgação/Setur

                     Pedra Azul, em Domingos Martins. Espírito Santo

Ambas localizadas no Parque Estadual da Pedra Azul, no município de Domingos Martins. O nome de Pedra Azul se dá pela tonalidade azul-esverdeada quando o sol toca a formação granítica coberta por líquens. O toque especial é uma fenda em forma de lagarto compondo um dos principais atrativos turísticos do estado. Compõe a formação rochosa a Pedra das Flores, que está a 1.909m, nove piscinas naturais e espécies raras de orquídeas e bromélias, dando nome a esse outro cartão-postal.

Pedra da Cebola

 

Pedra da Cebola, Vitória. Espírito Santo — Foto: Fernando Madeira

                    Pedra da Cebola, Vitória. Espírito Santo

O Parque Pedra da Cebola está localizado no município de Vitória. O nome do parque deriva de uma grande pedra esculpida pela natureza que repousa sobre outra rocha. Devido a seu comportamento geológico, a pedra se “descama” de maneira similar às palhas (nome popular: cabeça) de uma cebola.

Pico da Bandeira

 

Programa desta sexta (20) faz uma expedição até o Pico da Bandeira — Foto: Globo Repórter

O pico da Bandeira é o ponto mais alto do Parque Nacional do Caparaó com 2.890 metros de altitude, sendo o terceiro pico mais elevado do Brasil. O parque está situado na divisa entre os estados do Espírito Santo e de Minas Gerais. A entrada pelo lado do Espírito Santo fica no município de Dores do Rio Preto, no Distrito de Pedra Menina. O nome do pico deve-se a uma bandeira do Império que, por volta de 1859, D. Pedro II mandou que fosse cravada no então ponto mais alto do país. Atualmente, existe um cruzeiro no alto do pico.

Pedra de Três Pontões

 

Pedra de Três Pontões, Afonso Cláudio. — Foto: Lucas S. Costa

                                  Pedra de Três Pontões, Afonso Cláudio.

A pedra é um dos símbolos turísticos do município e também monumento natural tombado pelo patrimônio histórico estadual. Além disso, afirma, o local tem história marcante na criação de Afonso Cláudio porque foi em seu entorno que começou a cidade. Atualmente, os passeios no local são pagos e feitos com guia. O ponto de início da trilha está a 800 metros acima do nível do mar, e é possível chegar até a base dos pontões, a 1.110 metros.

Pico dos Cinco Pontões

 

O Pico dos Cinco Pontões fica Laranja da Terra. Espírito Santo — Foto: Divulgação/Setur-ES

O Pico dos Cinco Pontões fica Laranja da Terra. Espírito Santo

Localizado em Laranja da Terra, os Cinco Pontões é um maciço rochoso singular, com cinco pedras pontiagudas alinhadas lado a lado, cravadas no topo de uma colina a 147 km da capital Vitória. Os picos de granito foram batizados de Foca, Foquinha, Língua de Boi, Pedra Rachada e Pontão Maior.

Pedra do Camelo

 

A Pedra do Camelo é a mais alta do município de Pancas, com 720m de altura. Espírito Santo — Foto: Reprodução/Ipatrimônio

A Pedra do Camelo é a mais alta do município de Pancas, com 720m de altura. Espírito Santo

A Pedra do Camelo é a mais alta do município de Pancas, com 720 metros de altura, sendo o principal cartão postal da cidade. A pedra pode ser vista com facilidade por estar próxima à rodovia de acesso à cidade, como se fosse um portal, lembrando a silhueta de um camelo e suas duas corcovas (curvatura do dorso do animal).

Pedra do Dragão

 

Pedra das Caveiras, no município de Atílio Vivacqua. — Foto: Reprodução/Em Movimento

Pedra das Caveiras, no município de Atílio Vivacqua. — Foto: Reprodução/Em Movimento

Pedra das Caveiras, no município de Atílio Vivacqua, recebe esse nome não pelo formato da formação rochosa, mas pela lenda que circula na região a garantir um tom misterioso para o atrativo turístico. Segundo a lenda urbana, há muitos anos, um fazendeiro no local teria vendido sua alma para o demônio. Quando ficou sabendo que ele viria buscar a sua alma, pediu que quatro índios que moravam por ali fossem enterrar o seu precioso tesouro. Os índios foram acompanhados por três capatazes, que os mataram depois do tesouro ter sido enterrado. Como os capatazes também sabiam o local do precioso tesouro, o fazendeiro também ordenou a morte deles. Anos depois, as sete caveiras foram encontradas em uma gruta da pedra, tendo sido batizada com o nome que tem hoje.

Fonte: G1
Foto: Douglas Alves