O temporal que devastou a cidade de São Sebastião, no Litoral Norte de São Paulo, completa um ano  nesta segunda-feira (19).

19 de fevereiro de 2023: 64 mortes e 2.400 pessoas desabrigadas, a pior tragédia do litoral norte de São Paulo. Agora, após um ano da tragédia que atingiu São Sebastião, ainda é possível ver as marcas de uma chuva histórica e trágica para a cidade.

“Vi toda casa desmoronar e ficar uma cachoeira. Não ficou uma telha e não encontrei mais nada, nem a máquina de lavar e não deu pra salvar nem os bichinhos”, disse a empregada doméstica, Josefa Silva.

Dois dias antes da tragédia o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais) havia comunicado as autoridades sobre as fortes chuvas na região.

“Os alertas foram para nível extremo e a Defesa Civil foi acionada”, disse Mariana Pallotta, metereologista e pesquisadora do Cemaden.

 

Quais medidas foram tomadas para evitar desastres futuros?

Uma das medidas para evitar que o desastre se repita foi a instalação, na Vila Sahy, de um sistema de alerta por sirenes. O equipamento foi usado pela primeira vez em Janeiro deste ano quando uma nova chuva, com menor intensidade, atingiu a cidade e deixou alguns pontos alagados. Outras localidades com risco de desabamentos ainda esperam a chegada do sistema.

No ano passado o governo estadual pediu à Justiça a remoção imediata de moradores que estavam em áreas de risco, além da demolição de 893 casas da Vila Sahy. Depois de muitos impasses, no dia 18 de janeiro deste ano o governo voltou atrás e retirou a ação judicial.

Em Maresias e Baleia Verde, o governo planeja construir 704 casas populares. As primeiras unidades foram entregues no começo de fevereiro. Dona Josefa recebeu uma delas.

“Fui a primeira a me mudar e queria o primeiro andar. Foi muito bom, estou feliz demais. Daqui a 18 meses sai a escritura ‘graças a deus'”, disse

 

Por Pedro Coralia/SBT News
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